sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

I Ching - O Livro das Mutações

No hexagrama de número 16, chamado de Yu pelo chineses e traduzido em português como "Entusiasmo", há uma outra referência sobre chuva aliviando tensões. Mas traz também uma comparação com a música que gostaria de compartilhar. Transcrevo:
"Quando, ao início do verão, o trovão, a energia elétrica surgem novamente da terra e a primeira tempestade refresca a natureza, uma prolongada tensão se dissolve. Há alívio e alegria. A música também tem o poder de dissolver as tensões do coração e a violência das emoções sombrias. O entusiasmo do coração se manifesta espontaneamente no som do canto, na dança e no movimento rítmico do corpo. O efeito inspirador do som invisível que emociona os corações dos homens, unindo-os, é um enigma que perdura desde os tempos mais remotos. Governantes utilizavam essa tendência natural para a música; elevaram-na e deram-lhe ordem. A música era considerada como algo sério e sagrado, que purificava os sentimentos dos homens. Cabia a ela louvar os méritos dos heróis, construindo, assim, uma ponte para o invisível. Nos templos, os homens se aproximavam de Deus através da música e da pantomima (da qual o teatro se desenvolveu)."
Acho que há muitos motivos para se fazer música, todos igualmente válidos. Eu mesma não conseguiria me limitar a apenas um ou dois motivadores. Mas gosto muito de perceber a música da maneira acima descrita - como ponte para um mundo invisível, sagrado e como meio de unificar as emoções individuais. Entre tantos outros, este é um motivo que sempre vale a pena considerar!

2 comentários:

Érico Bezerra disse...

Sempre bom ouvir o Clave, melhor ainda, se ao vivo...

Beijo!! e nos vemos em POA!

Flávia Furquim disse...

Obrigada Erico! Até breve!